quarta-feira, 12 de maio de 2010

sobre o Divórcio

para ler ouvindo Doces bárbaros

Foto: Artur Cavalcante

Quando eu percebi que o meu casamento ia terminar, comecei imediatamente a mantrar o “Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata”. Foi desse jeito que me preparei para a conversa que teríamos quando eu chegasse em casa.
A situação estava tão clara na minha cabeça, que eu já abri a porta sabendo exatamente o que estava acontecendo. Entrei em pânico por alguns momentos. Chorei, gritei, bati o pé, implorei para que fosse diferente. Mas, a todo momento vinha em mim um sentimento de tranquilidade, que me fazia confiante.
Sai de casa correndo para o colo da Mãe. Rezei muitas AveMarias com as mãos no coração. A sensação de morte acompanhou o meu corpo físico por três noites inteiras. E pela manhã eu sempre acordava num dia vazio, sem cor, sem nada.
Fiz oração, decreto, massagem hindú, tomei floral, chá, Vegetal. Cortei o cabelo, as raízes, fiz as unhas e tive fé.
Firmei meu pensamento na Luz de Deus, confiei no Plano Divino. Senti a proteção de São Miguel, e aceitei a situação agradecendo a oportunidade da Vida. Dai fui ficando em Paz.
E tudo isso isso foi me deixando tão leve, que de repente eu estava começando a levantar voo.