terça-feira, 10 de agosto de 2010

Estranho amor

Mercado de pulgas - Por: Liana Farias

Há semanas comecei a engavetar uma série de posts com impressões não muito positivas sobre Buenos Aires. Tudo o que eu conseguia escrever eram comentários preconceituosos acerca de costumes, comidas e características porteñas. Não publiquei pois achei injusto disparar uma série de críticas a um país que me recebe com tantas portas abertas.

O que fiz foi virar o disco, e aos poucos vou me acostumando com o salgado da água mineral, o pó de café moído com açúcar, a falta de: sucos, variedades de verduras e frutas, e de paciência. No comércio o atendimento é o pior possível, como se o cliente estivesse fazendo uma grande besteira ao tentar comprar algo ali. Por aqui o consumidor tem o direito de permanecer calado, pois qualquer manifestação de bom humor pode ser usada contra ele na alfândega.
Não sei porque são assim. Se é a crise, o frio, ou se é algo pessoal contra os brasileiros, que estão chegando aos montes para aproveitar as boas condições financeiras que temos por aqui.

- Tipo piada de Português. Como se eles também tivessem colonizado o povo por aqui.

***
Das coisas boas o melhor é a sensação de que existe um mundo enorme fora do meu umbigo. E eu tenho conhecido gente de tudo quanto é lugar: um chileno desenhista, um astraliano que toca bossa nova e canta em português, uma uzbeca que estuda cinema e casou com um mexicano.
E mais um tanto de brasileiros que vieram buscar algo, que assim como eu, ainda não sabem dieito o que é.

- E eu também fiquei esses dias sem escrever, porque tive dificuldade para separar o jôio. Eu sei escrever o que ta aqui (na minha cabeça/coração), mas não sei escrever o que vocês querem ler.
Alguém assistiu o filme do Tudo pode dar certo?

A comunicação agora precisa interagir; mais do nunca eu acho. Todo mundo, do mundo inteiro pode trocar informações e impressões. Até os que não estudam, porque dá pra sair traduzindo tudo pela internet mesmo. E notem que o Google ta precisando de gente pra trabalhar, porque aquele tradutor sabe menos do que eu.

É um bom momento para todos, eu acredito. Chegou a hora de ser feliz.

- e EU SOU!